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Recife, Pernambuco, Brazil
O Blog Educar com Cordel é editado pelo poeta e escritor Paulo Moura, Professor de História e Poeta CORDELISTA. Desenvolve o projeto EDUCAR COM CORDEL que visa levar poesia e literatura de cordel para as salas de aula, ensinando como surgiu a Literatura de Cordel, suas origens, seus estilos, suas heranças. O Projeto Educar com Cordel é detentor do Prêmio Patativa do Assaré de Literatura de Cordel do MINC (Ministério da Cultura).

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Piadinha do poeta Felipe Junior

A DESPEDIDA DO PADRE

No jantar de despedida, depois de 25 anos de trabalho à frente da paróquia, o padre discursa:
- A primeira impressão que tive desta paróquia foi com a primeira confissão que ouvi.. A pessoa confessou ter roubado um aparelho de TV, dinheiro dos seus pais, a empresa onde trabalhava, além de ter aventuras amorosas com as esposas dos amigos. Também se dedicava ao tráfico de drogas e havia transmitido uma doença venérea à própria irmã. Fiquei assustadíssimo. Com o passar do tempo, entretanto, conheci uma paróquia cheia de gente responsável, com valores, comprometida com sua fé.

Atrasado, chegou então o prefeito para prestar uma homenagem ao padre. Pediu desculpas pelo atraso e começou o discurso:

- Nunca vou esquecer o dia em que o padre chegou a nossa paróquia. Como poderia? Tive a honra de ser o primeiro a me confessar.

Seguiu-se um silêncio assustador.

MORAL DA HISTÓRIA:

Se houver algum atraso
Numa coisa inusitada,
Se por acaso você
Perder o fio da meada
Resolva logo o problema.
Para evitar o dilema,
Fique de boca fechada.

Poeta Felipe Júnior
Visite clicando no site do poeta Felipe Junior
(www.poetafelipejunior.com)

Abertas as inscrições para Concurso de Poesia - SINTEPE

Já está disponível o edital para o 2° Concurso Nacional de Poesia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe). Serão destinados R$ 5,2 mil (cinco mil e duzentos reais) em prêmios.

Os poemas devem versar sob o tema "20 anos de luta do sindicato" com texto em língua portuguesa.

Podem participar do concurso todos os trabalhadores em educação da Rede Estadual de Pernambuco e o público em geral, de qualquer região do país, sendo brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 16 anos.

Cada participante pode se inscrever com até 02 (dois) poemas inéditos.

Inscrição dos trabalhos até o dia 16 de setembro de 2010
Para acesso ao EDITAL acesse o site:
http://www.sintepe.org.br/
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X MOSTRA DE TEATRO DE SERRA TALHADA‏

Olá, pessoal:
Com o patrocínio da FUNDARPE / FUNCULTURA / SECRETARIA DE EDUCAÇÃO / GOVERNO DE PERNAMBUCO anunciamos a programação da X MOSTRA DE TEATRO DE SERRA TALHADA - HOMENAGEANDO ARNAUD RODRIGUES, que se realizará nos dias 23, 24, 25 e 26 de setembro de 2010, na Terra de Lampião e Capital do Xaxado. 

MOSTRA COMPETITIVA
[ Escola Normal ]
Dia 23 -  quinta feira
16 h – A REVOLTA DOS BRINQUEDOS – Recife/PE.
20  h – ENTRE A PORTA E A ESQUINA – Cabo de Santo Agostinho/PE.

Dia 24 – sexta feira
15 h – HISTÓRIAS DE PINGOS E CHUVA – Camaragibe/PE.
20 h – CANTIGAS DO SOL, TRIBUTO A LUIZ GONZAGA – Recife/PE.

Dia 25 – sábado
16 h – CONTO AS AVESSAS – Igarassu/PE.
19:30 h –  QUIXOTINADAS: CRUZAVENTURAS SERTANHOLAS – Limoeiro/PE.
21 h – GAIOLA, O CAÇADOR DE SOLIDÃO – Lauro de Freitas/BA.

Dia 26 – domingo
14 h – TEATRANDO – Jaboatão dos Guararapes/PE.
16 h - FABULOSAS HISTÓRIAS DO RIO SÃO FRANCISCO – Petrolina/PE.
20 h – A REVOLTA – Limoeiro/PE.
21 h – Dança Contemporânea SER TÃO SÓ – Recife/PE.

...Premiação:        
· Melhor Espetáculo: Prêmio Cangaceiro Luiz Pedro.
· Melhor Direção: Prêmio Cangaceiro Zabelê.
· Melhor Ator: Prêmio Lampião.
· Melhor Ator Coadjuvante: Prêmio Zé Sereno.
· Melhor Atriz: Prêmio Maria Bonita.
· Melhor Atriz Coadjuvante: Prêmio Cangaceira Sila.
· Melhor Figurino: Prêmio Cangaceira Dadá.
· Melhor Espetáculo Júri Popular: Prêmio Cangaceiro Sinhô Pereira.

MOSTRA NA FEIRA
[Área de Alimentação da Feira Livre]
Dia 23 -  quinta feira
9 h – Abertura Oficial.
9:20 h – Apresentação da  Escola de Danças Populares Cabras de Lampião.

Dia 24 – sexta feira
10 h – A REVOLTA DAS CHUPETAS - Olinda/PE.

Dia 25 – sábado
10 h – BLÁ – Boa Viagem/CE.

Dia 26 – domingo
10  h – CIRCULUZ BRINCANTE – São Luiz/MA.


MOSTRA  NO MUSEU
[Museu do Cangaço]
Dia 23 -  quinta feira
14 h – AS AMANTES – Serra Talhada/PE.

Dia 24 –  sexta feira
10 h – BUMBA MEU BOI DO CAPITÃO BOCA MOLE – Recife/PE.
14 h - NEUROSE :  A CIDADE E SEUS SENTIDOS – Serra Talhada/PE.

OFICINA NO MUSEU
[Museu do Cangaço]
Dias 23, 24, 25 e 26 - de quinta a domingo
Das 8 h  às 10 h -  Oficina de Interpretação, com José Pimentel.

PALESTRAS
[Escola Normal]
Dia 23, quinta feira
 17 h - Palestra “O Teatro como Instrumento de apoio didático”, com José Francisco.

Dia 26 – domingo
19:30h – Palestra “Memória da Cena Pernambucana”, com Leidson Ferraz.


SOM E CERVEJA
[Bar do Sílvio]
Dias 23, 24 e 25 - de quinta feira  a sábado
22 h - Recital voz e violão com Rai, Humberto Cellus e Tico de Som.

ANILDOMÁ WILLANS DE SOUZA 

FUNDAÇÃO CULTURAL CABRAS DE LAMPIÃO
PONTO DE CULTURA  ARTES DO CANGAÇO
MUSEU DO CANGAÇO – ESTAÇÃO DO FORRÓ
TEL.(87) 3831 3860
(87) 9918 5533
Site: www.cabrasdelampiao.com.br

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

É HOJE!!!


LANÇAMENTO DO LIVRO:
Estrelas de couro - a estética do cangaço
Do Escritor Frederico Pernambucano de Mello

2010 - 112 anos de nascimento de Virgulino Ferreira, o Lampião

Autoridade no tema Cangaço - expressão do irredentismo popular brasileiro -, o historiador Frederico Pernambucano de Mello nos apresenta o livro Estrelas de couro: a estética do cangaço (Escrituras Editora), com prefácio de Ariano Suassuna.

Pernambucano, chamado por Gilberto Freyre de “mestre de mestres em assuntos de cangaço”, mergulha no universo desconhecido de sua cultura material, promovendo a leitura profunda do requinte e dos significados presentes nas poucas peças autênticas de uso dos cangaceiros, a exemplo do signo-de-salomão, da cruz-de-malta, da flor-de-lis, do oito contínuo deitado, das gregas, de variações sublimadas da flora local, e das tantas combinações possíveis de que se valia o cangaceiro na construção de um traje que atendia à vaidade ornamental de seu brado guerreiro e a anseios bem compreensíveis de proteção mística.

Resultado de estudo profundo a que se dedicou Pernambucano desde 1997, a obra é um ensaio interdisciplinar, um livro de arte com mais de 300 fotos históricas, que contou com a colaboração da Aba-Film (Fortaleza-CE), Fundação Joaquim Nabuco (Recife-PE), Instituto da Memória (Aracaju-SE), Instituto Cândido Portinari (Brodowski-SP), Instituto Ricardo Brennand (Recife-PE), Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (Maceió-AL), Museu Estácio de Lima / Instituto Nina Rodrigues (Salvador-BA), Museu da República (Rio de Janeiro-RJ) e do autor, que possui o maior acervo de peças de uso pessoal dos cangaceiros, com cerca de 160 objetos, que teve lugar de destaque na Mostra do Redescobrimento - Brasil 500 Anos (2000, São Paulo).

O livro é a primeira produção de história íntima sobre o fenômeno de insurgência social de maior apelo popular do Brasil. Sem perda do caráter epidérmico de banditismo, Pernambucano nos mostra uma tradição brasileira de insurgência recorrente, irmã do levante indígena, do quilombo e da revolta social. E conclui que nos veio do fenômeno a própria marca visual da região Nordeste: não mais que uma estilização da meia-lua com estrela do arrebitado da aba do chapéu de couro dos velhos capitães de cangaço.

Sobre o autor:

FREDERICO PERNAMBUCANO DE MELLO possui formação em História e Direito, sendo Procurador Federal (aposentado) no Recife, cidade onde nasceu. Na Fundação Joaquim Nabuco, integrou a equipe do sociólogo Gilberto Freyre, de 1972 a 1987, período em que se especializou, sob a orientação deste, no estudo da História Social da região Nordeste do Brasil, especialmente em seus aspectos de conflito, tendo publicado os seguintes livros: Rota Batida: escritos de lazer e de ofício (Recife, Edições Pirata, 1983), Guerreiros do Sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil (Recife, Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 1985, ora em 5ª edição pela Editora A Girafa, SP), Quem Foi Lampião (Recife-Zürich, Stähli Edition, 1993, em 3ª edição), A Guerra Total de Canudos (Recife-Zürich, Stähli Edition, 1997, em 2ª edição pela Editora A Girafa, SP), Delmiro Gouveia: desenvolvimento com impulso de preservação ambiental (Recife, Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco-CHESF, 1998) e Tragédia dos Blindados: a Revolução de 30 no Recife (Recife, Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2007). 

Possui diversos prêmios literários, a exemplo dos concedidos pela Academia Pernambucana de Letras e pelo Governo do Estado de Pernambuco, através da Fundarpe, além de distinções honoríficas civis e militares, dentre as quais, a Medalha do Mérito da Fundação Joaquim Nabuco, a Medalha do Pacificador e a Ordem do Mérito Militar do Exército Brasileiro. É membro dos Institutos Históricos de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e da Academia de História Militar Terrestre, tendo sido curador internacional da Fundação Bienal de São Paulo por cinco anos, e presidente da União Brasileira de Escritores - Seção Pernambuco. 

Na Academia Pernambucana de Letras, ocupa a cadeira 36 desde o ano de 1988. Pela originalidade de seus estudos, pelo volume da obra que produziu, e por se dedicar a aspectos de nossa história considerados ásperos e de pesquisa difícil ou penosa, tem sido considerado, sobretudo no meio acadêmico paulista, o “historiador do Brasil profundo”. Estrelas de Couro: a estética do cangaço é resultado de estudo profundo a que se dedicou desde o ano de 1997.

A LETRA E A VOZ

A Letra e a Voz celebra Carrero  
Publicado em 26.08.2010 no JC
 
Escritor participa de uma conversa com o público sobre o Prêmio São Paulo e autografa a fotobiografia literária A fragmentação do humano

O Festival A Letra e a Voz comemora hoje o Prêmio São Paulo de Literatura (o maior do País) que o romance Minha alma é irmã de Deus, de Raimundo Carrero, recebeu mês passado. O escritor conversa com o crítico Cristhiano Aguiar, às 19h, no auditório da Livraria Cultura sobre os caminhos por onde passa a sua literatura. Com essa obra vitoriosa, o autor completou aquilo que ele chama de “quarteto áspero”, formado ainda por Maçã agreste, Somos pedras que se consomem e O amor não tem bons sentimentos.
Numa conversa com o JC, na ocasião de lançamento do romance, ano passado, ele declarou: “Desde o momento em que criei Maçã agreste, o primeiro livro da tetralogia, percebi que estava diante de personagens fortes que pediam mais de mim e que se enquadravam bem no meu longo projeto de romance. Com esse projeto do Quarteto áspero, decidi demonstrar que o universo de um romancista é tão amplo que pode fazer os personagens circularem dentro de vários romances sem que seja o mesmo. E que, sobretudo, há um escritor e vários escritores. Um estilo para cada livro e um estilo para cada personagem e personagens que são múltiplos de personagens.”

O projeto do Quarteto áspero, inclusive, apontou como unificar a obra do escritor que já ultrapassa as três décadas de intensa produção. Embora cronologicamente distantes, seus romances guardam semelhanças entre personagens e situações, mesmo quando os nomes são trocados. “Isso acontece durante uma viagem do Sertão até a capital, por exemplo. Dali aparecem personagens do tipo Mariana, de As sementes do sol, ou o próprio Absalão, do mesmo livro. Absalão pode se transformar em Leonardo, atormentado pela religião e pela carne, assim como Mariana está contida em Camila (protagonista de Minha alma é irmã de Deus), pela doçura e pelo amor religioso, meigo. Basta ler direitinho. Sinfonia para vagabundos e Viagem no ventre da baleia são apenas variantes”, explicou o autor.

Durante a homenagem a Carrero haverá sessão de autógrafos da sua fotobiografia A fragmentação do humano, organizada pelo jornalista Marcelo Pereira (editor do Caderno C), que também participa da conversa.
Uma das ramificações mais populares da literatura latino-americana (ainda que não no Brasil) será discutida hoje durante o A Letra e a Voz. O jornalista Astier Basílio conversa com o escritor Braulio Tavares sobre o tema Realismo mágico e álgebra mágica. O debate será no auditório da Livraria Cultura, às 15h. Às 16h30 o espaço recebe o debate A ponte das histórias, entre Hilton Lacerda e Ângela Pristhon (UFPE). Às 18h, acontece o lançamento de Contos obscuros de Edgar Allan Poe, organizado por Bráulio Tavares.

Encerrado os debates na Livraria Cultura, hora de migrar para a Rua da Moeda, que este ano virou o QG do A Letra e a Voz. Será o lançamento da nova edição da revista Eita!, projeto de cultura e com design fetichista que o Departamento de Editoração lança ao longo do ano. Essa nova edição traz textos sobre literatura, arquitetura e artes plásticas. Para marcar o lançamento, haverá um recital especial do grupo Urros Masculinos. A apresentação se chama Terrorismo semiótico e nela os escritores não lerão textos seus. “É a primeira vez que isso acontece”, esclarece Wellington de Melo, um dos integrantes do grupo, ao lado de Artur Rogério e Bruno Piffardini.

POLÊMICA

Na terça à noite, o auditório da Livraria Cultura recebeu a escritora Elvira Vigna, que lançou este ano o elogiado romance Nada a dizer. Em conversa com o jornalista Schneider Carpeggiani, a autora falou que não entende o que seja a traição que norteia a trama da sua obra: “Eu sempre estive em casamentos longos e monogâmicos. Hoje em dia você pode ter quantos homens e quantas mulheres quiser. Não é preciso mais fingir, então a monogamia é uma escolha. Por tudo isso, não entendo a traição.” A escritora falou também da experiência de ser editada pela Companhia das Letras. “É algo como morar num prédio na Avenida Boa Viagem, mas morar num apartamento com vista para os fundos”, ironizou.

O cangaço na moda

» LIVRO
O cangaço na moda
 

Publicado em 26.08.2010
Diana Moura diana@jc.com.br


No meio da paisagem tantas vezes cinza do Sertão, os cangaceiros pareciam hordas coloridas rumando pela caatinga. Não fosse o terror que despertavam, causariam espanto pelos matizes das vestimentas, bordadas e cheias de enfeites. Em 1928, quando Lampião entrou em Tucano (BA), um jornalista escreveu para o jornal A Tarde que eles entravam cantando suas modas e se trajavam como um “dantesco Carnaval”. E o Correio de Aracaju, em 1929, noticiava: “Lampião está em Sergipe com a sua espetaculosa indumentária”. Impressionado com essas informações que coletou ao longo de 40 anos de pesquisas, o historiador Frederico Pernambucano de Mello reuniu boa parte delas no livro Estrelas de couro: A estética do cangaço, que é lançado hoje, às 17h30, no Museu do Estado de Pernambuco.
“Eu comecei a pesquisar o cangaço usando um referencial jurídico e sociológico. Aos poucos, me vi assaltado pela estética. Do ponto de vista sociológico, considera-se que os ladrões mimetizam a sociedade, querem confundir-se com ela, para passar despercebidos. No cangaço, acontecia o contrário”, explica Frederico, comentando que a vestimenta era uma forma de distinção. Para entrar nesse campo, o pesquisador aderiu a métodos de análise mais freyreanos, reunindo informações interdisciplinares, misturando estética, história e sociologia.
O livro é uma edição na qual o termo “ricamente ilustrada” se encaixa perfeitamente. As imagens, entretanto, não foram colocadas gratuitamente. Além da enorme quantidade de fotografias, a obra traz muitas ilustrações – assinadas pelo arquiteto Antônio Montenegro –, que explicam de forma minuciosa a riqueza de detalhes do universo que acompanhava o cangaço. Roupas, cintos, cartucheiras, alpercatas, chapéus, bornais, perneiras e outros acessórios são mostrados em fotografias e desenhos de alta qualidade gráfica.
Apesar da profusão de cores e acessórios, as vestimentas não são apenas enfeites. As peças conjugam, com exímio equilíbrio, valores funcionais e estéticos. Nos dois casos, há referências que derivam da roupa dos vaqueiros, sendo exacerbados os ornamentos. Essa influência facilitava a mobilidade do cangaceiro na caatinga. A roupa protegia do sol e dos insetos. Os adereços em couro protegiam da vegetação espinhenta. Outro ponto positivo era a utilização dos bornais, colocados cruzados sobre o tórax, que distribuía melhor o peso de armas e mantimentos ao longo do corpo.
No prefácio da obra, Ariano Suassuna lembra que a moda dos cangaceiros começou a ser copiada pelas forças policiais e militares que combatiam o banditismo no Sertão. O presidente (governador) João Suassuna, da Paraíba, pai do escritor, modificou o uniforme dos soldados, trocando a bota por alpercatas e perneiras (como na foto ao lado), por exemplo. O chapéu de couro também passou a fazer parte da farda.
Aos poucos, militares da Paraíba, Pernambuco e Bahia começaram a se parecer com os cangaceiros, o que causou um mal estar com os líderes policiais, situados nas capitais, todas litorâneas. “Houve uma disputa pelo poder simbólico. O policial queria agregar para si valores da coragem do cangaço, mas para as autoridades a semelhança era inadmissível”, explica Frederico.
A estética, em meio aos bandos, também tinha uma função votiva e religiosa. “Algumas peças cumpriam papel de amuleto e talismã. Eles também carregavam orações dentro de saquinhos de pano costurados, presos a cordões, junto ao corpo. Era uma forma de se proteger, mesmo aqueles que não rezavam. Os hábitos fazem parte do catolicismo popular, que dominou o Sertão no século 19, que foi muito combatido pelo catolicismo oficial de Roma, explica. Por conta do exímio trabalho de pesquisa e pelo delicioso texto que o acompanha, o autor mereceu de Ariano Suassuna o seguinte elogio: “(Se não fosse escritor), não seria outro, senão este Estrelas de couro, de Frederico Pernambucano de Mello, o livro que eu gostaria de ter escrito”. Nada mal.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A quem interessar possa.

CONVITE SEMINARIO

O Departamento de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPE promove dias 1 a 3 de setembro, das 9h às 18h no Auditório da Editorada UFPE, o Seminário MEMORAT - MEMÓRIA E CULTURA ESCRITA NA FORMAÇÃOBRASILEIRA, edição 2010.

O livro e a leitura no periodo colonial e namodernidade, arte e cultura na formação brasileira serão as temáticasproferidas e debatidas com os historiadores mineiros Luís CarlosVillalta, Cristianni Moraes e Esther Bertoletti do Minc/RJ. Integrao evento a exposição virtual: Arte Moderna em Ladjane Bandeira.

Um SEMINÁRIO que, em horas agradáveis e produtivas, pretendedemonstrar que livros e leituras se fizeram presentes-ausentes na vidacultural do Brasil colonial. Experiências que trouxeram valor aosesforços individuais à memória dos antepassados. Conhecer essasHistórias é oportunidade rara no Recife. O Seminário é gratuito e confere certificado.

Haverá sorteio de brindes.

Informações:

memorat2010@gmail.com

Na internet pelo blog: memorat2010.blogspot.com

Telefones 081 32260593 / 97343030 / 99781993

Apoio:Editora Universitária - UFPEInstituto Cultural Ladjane Bandeira - ICLB

2º Concurso Nacional de Poesia do SINTEPE‏

Compartilhando...


O Sintepe - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco está comemorando 20 anos de existência. E está programada uma série de eventos para comemorar a data. Um deles é a segunda edição do seu Concurso Nacional de Poesia, com o apoio do Interpoética. O concurso terá premiação em dinheiro aos primeiros colocados e posterior publicação em livro das obras selecionadas.

Este ano o concurso será temático, abordando as duas décadas de luta do sindicato e também assuntos ligados à educação, entre eles a democratização ao acesso e melhores condições de ensino. A estimativa é que o número de participantes deverá dobrar nesta edição 2010, que segue a mesma diretriz de premiação da versão anterior, com as categorias Público em Geral e Trabalhadores em Educação da Rede Estadual de Pernambuco.

As inscrições devem ser realizadas no período de 16 de agosto a 16 de setembro, na sede do Sintepe - Rua General Semeão, 39, Santo Amaro, Recife. Válidas também inscrições pelos correios, desde que obedecido o prazo de entrega. A divulgação dos vencedores será no final de outubro. Maiores informações no site do sindicato sintepe.org.br e no Portal Interpoética: interpoetica.com. Ou pelo fone: (81) 2127 8858. Edital do concurso.


Confira também a programação literária do Laboratório de Autoria Ascenso Ferreira do Sesc Santa Rita.


Acompanhe o Interpoética no Twitter e no facebook



Até a próxima.







Fraternal abraço

Sennor Ramos, Raimundo de Moraes & Cida Pedrosa

Recife, 15 de agosto de 2010





INTERPOÉTICA 2005-2010

BIENAL EM S. PAULO

Começa hoje maisl uma Bienal Internacional do Livro em São Paulo Pavilhão do Anhembi e durante dez dias poderá ser visitada nos seus centenas de estandes. O ingresso custa R$ l0,00 e esta quantia pode ser abatida na compra de livros. Entre as novidades, estão os lançamentos pela Panda Books de dois livros adaptados para o cordel pelo poeta baiano Verneci Nascimento: “Branca de Neve” e “O Pequeno Polegar”. Também a Editora Nova Alexandria promete novidades na sua coleção “Clássicos do Cordel”, coordenada pelo também poeta baiano Marco Haurélio. Ainda, a editora cearense IMEPH estará presente com uma série de folhetos e livros de Cordel.

ATENÇÃO PARA OS INFORMES DA UNICORDEL (AGOSTO/2010)

Transgerações: Uma tarde de versos, causos e risos



Lançamento do livro de Josefina Campos e Arlindo Campos leva poetas da Unicordel à Casa Forte





Publicado pela psicóloga e psicoterapeuta Josefina Campos, o livro Transgerações reune poemas de sua autoria e uma coletânea de causos populares compilados por seu pai, Arlindo Campos. O evento aconteceu na tarde do sábado 07 de agosto, no aprazível alpendre do Espaço GERAR, foi lançado o livro Transgerações, reunindo poemas de Josefina Campos e causos do seu pai, Arlindo Campos, uma publicação que teve o apoio do Banco do Nordeste, através do Programa Cultura da Gente.



Na ocasião, poetas da Unicordel realizaram um recital contemplando textos do livro lançado, além de poemas autorais e de outros poetas populares. Participaram: Susana Morais, Altair Leal, Kerlle de Magalhães, José Honório e Edgar Diniz.



Forró, Causos e Cordéis no Arriégua

Em tarde de forró dedicada à cidade de São José do Egito, poetas Felipe Júnior e Ismael Gaião lançamento de cordel



Em animada tarde dançante de sábado, no dia 07 de agosto, o Restaurante Arriégua, do professor Luiz Ceará, localizado na Av. General Polidoro, Cidade Universitária, realizou mais uma edição do TV FORRÓ BRASIL, que acontece todo os sábados, a partir das 14 horas. Desta vez, o evento foi dedicado à cidade de São José do Egito, e além da Banda Kartuxo, teve a participação especial do grupo Em Canto em Poesia, com os integrantes da Família Marinho, natural daquela cidade do Pajeú. Na ocasião, foi lançado o cd Causos e Cordéis, onde os poetas da Unicordel, Felipe Júnior e Ismael Gaião declamam versos autorais e de outros poetas populares.



Paulo Moura recebe homenagem da UBE/PE


Projeto Ficção em Pernambuco homanageia o poeta e pesquisador Paulo Dunga (Paulo Moura)

Nesta segunda-feira, dia 16, o unicordelista Paulo Moura, também conhecido no meio cultural como Paulo Dunga, recebeu justa homenagem da União dos Escritores de Pernambuco-UBE/PE, dentro do projeto Ficção em Pernambuco. A solenidade aconteceu no auditório da Livraria Saraiva, instalada no Shopping Center Recife. Poeta, pesquisador e educador, Paulo Moura tem o cordel e o cangaço como objetos principais de sua produção intelectual, tendo públicado dezenas de folhetos e livros, sendo o mais recente Lampião-A saga de um rei sem castelo.



Tem Cordel em Porto de Galinhas


Festival literário infantil tem programação especial dedicada ao cordel

De 24 a 28 de agosto, Porto de Galinhas abrigará a FLIPORTINHO-Festa Literária Infantil de Porto de Galinhas, evento literário voltado exclusivamente para o público infanto-juvenil e tem como objetivo central, democratizar a leitura, mediante a participação intensa da comunidade, promovendo e respeitando a diversidade cultural e apoiando as mais diversas manifestações literárias existentes dentro da comunidade. a Fliportinho vem atender de forma significativa a essa preocupação de ser muito mais que um evento e sim uma fonte de informações, trocas, conhecimentos e possibilidades para todos, despertando e estimulando escolas, professores, alunos, empresários, comerciantes e pais para a importância da leitura como ferramenta de transformação.

Paralelamente acontecerá a FLICORDEL - Festa da Literatura de Cordel, que contará com a participação de diversos poetas da Unicordel, da Editora Coqueiro e outros. Maiores informações no site www.fliportinho.com.br





8º Festival Recifense de Literatura-A letra e a voz


Recitata e Festa do Livro são algumas das atividades previstas.



Oficinas, concurso de poesia, palestras, debates, feira literária e muitas outras atividades acontecerão em vários espaços do Recife, durante o 8º Festival Recifense de Literatura-A letra e a voz, realizado pela Prefeitura do Recife, sob a coordenação de Heloísa Arcoverde, da Gerência Operacional de Literatura e Editoração. O encerramento se dará com a Festa do Livro, a ser realizada no dia 29 de agosto, a partir das 10 horas, na entorno da Praça do Arsenal, bairro do Recife. A Unicordel mais uma vez se fará presente com um estande onde estarâo à venda livros, cordéis e outros produtos dos poetas cordelistas.



Maiores informações no site da Prefeitura do Recife www.recife.pe.gov.br

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Homenagem ao poeta e escritor Paulo Moura é marcado por emoção





A UBE, União Brasileira de Escritores, secção Pernambuco, prestou homenagem através do projeto Ficção m Pernambuco ao poeta, escritor e pesquisador do cangaço Paulo Moura. A justa homenagem se refere aos relevantes serviços que o homenageado vem prestando frente à cultura de Pernambuco.



O coordenador do projeto, Felipe Júnior, dando abertura ao evento






Palavra do homenageado






Poeta Dionésio Felipe prestando um depoimento emocionante



Raphael Moura declamando uma poesia do pai (homenageado)





A esposa, Emanuelle, prestando sua homenagem



Pedro Moura, diretor do Arquivo Público, falando sobre o irmão





Entrega do Mérito Cultural ao poeta Paulo Moura


Nota do autor:
Meu povo. Quando o poeta e escritor Felipe Junior me informou que eu iria receber uma comenda deste porte, fiquei todo ancho (parafraseando Luiz Berto).
Tive, no dia de ontem (16/08/10) um dos melhores momentos da minha vida. Onde vi ao meu redor, amigos e parentes que acreditam no meu trabalho.
Mais grato ainda fiquei em receber este mérito da conceituada União dos Escritores de PE (UBE-PE) onde temos em sua direção, pessoas sérias e honradas, que trabalham diuturnamente em prol da cultura e da literatura em Pernambuco.
Muito me honrou ter o reconhecimento desta entidade na pessoa do Escritor Felipe Junior, grande poeta declamador e amigo de todas as horas.
Fiz questão de levar à mesa uma pessoa que tem muito a ver com a literatura e a memória em Pernambuco. O jornalista Pedro Moura, que a despeito de ser meu irmão é também o atual diretor do Arquivo Publico do Estado (Jordão Emerenciano). Pedro Moura é um idealista. Um guerreiro, que acredita no que faz. Um homem crítico e honesto em suas palavras.
Ver, junto a mim numa homeagem tão bonita, professores, amigos, parentes e filhos, foi a maior paga que tive nesses 15 anos de pesquisas, estudos, escritos e poesia.
A todos, o meu mais sincero obrigado.

A luta continua!